Segurança hídrica

Esta componente tem como objetivo analisar indicadores de segurança hídrica em principais bacias brasileiras, associados às mudanças climáticas, para propor estratégias de adaptação que promovam a resiliência e sustentabilidade de setores usuários de recursos hídricos.

Para tanto, busca-se atingir os seguintes objetivos específicos:

1. Identificação de bacias hidrográficas estratégicas no Brasil, para sistematizar a coleta de dados de oferta e demanda hídrica com modelos hidro climáticos visando avaliar indicadores de segurança hídrica para setores usuários.

2. Calibração e validação hidrológica espacialmente distribuída de processos de precipitação-evapotranspiração-escoamento, sob condições de quase-estacionariedade, em diferentes escalas espaciais, usos do solo, demandas e biomas.

3. Simulação de modelos calibrados, com acoplamento de modelos climáticos de médio e longo prazos, para prospecção de indicadores de vulnerabilidade e riscos aos extremos hidrológicos sob cenários futuros sob condições não-estacionárias.

4. Avaliação de novas estratégias de adaptação para segurança hídrica de usos múltiplos sob condições não-estacionárias com o uso de indicadores clássicos e de novas ferramentas de transferência de riscos de extremos hidrológicos.

5. Proposição de estratégias para melhoria da comunicação de segurança hídrica entre comunidade científica, gestores públicos e população vulnerável a extremos hidrológicos.

No início de 2022, a primeira tese de doutorado brasileira sobre conjuntos de dados, previsões e avaliação pós-processamento de vazões fluviais em bacias hidrográficas da América do Sul foi defendida sob a banca examinadora de cientistas da componente Segurança hídrica do INCT-MC2. Para mapas de resiliência hídrica de curto prazo, Siqueira et al. (2021, doi:10.1016/j.jhydrol.2021.126520) usam os mapas do Índice de Confiabilidade (RI) representando regionalmente o desvio da planicidade, o Ensemble Model Output Statistics (EMOS) e o Ensemble Copula Coupling “vestígios” (ECC-T).