Impactos nos ecossistemas

A componente “Impactos nos ecossistemas brasileiros em vista de mudanças de uso de solo e biodiversidade”centra em estudos visando promover avanços em abordagens para entender processos físicos, químicos e biológicos e monitorar a dinâmica de ecossistemas (crescimento, restauração e degradação) e seus impactos no clima e no funcionamento dos ecossistemas. O objetivo é fornecer as bases científicas  para entender a dinâmica dos ecossistemas, focando nas emissões e remoções de gases de efeito estufa,  e seus efeitos na dinâmica dos ecossistemas. Com isso, contribuímos no aprimoramento  de diferentes contabilidades nacionais de carbono para os setores de silvicultura e outros usos da terra (AFOLU), apoiando o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas para cumprir os acordos internacionais de redução de emissões de carbono e manutenção da biodiversidade.

Planeja também estudar estratégias para reduzir os poluentes climáticos de vida curta, como o ozônio, black carbon e o metano, e estudar os efeitos desses componentes nos ecossistemas brasileiros . O objetivo é analisar as diferentes estratégias de redução de emissões de poluentes de meia vida curta e os diferentes impactos nos ecossistemas brasileiros, o que é crítico para as medidas de fluxos líquidos de carbono nos ecossistemas.

A forçante radiativa das partículas de aerossóis incluindo o black carbon está sendo monitorada  para a região amazônica, buscando desenvolver estratégias para minimizar os efeitos no balanço de radiação.

Os efeitos dos aerossóis no ciclo hidrológico serão medidos utilizando diversas técnicas como sensoriamento remoto, observações aéreas e modelagem, entendendo a complexa interação entre aerossóis, vapor de água, nuvens e precipitação.

Mudanças na forçante radiativa atmosférica devido a alterações no albedo da superfície causadas pelas mudanças de uso da terra estão sendo quantificados  para a Amazônia. As mudanças associadas nas nuvens, precipitação e no ciclo hidrológico geral também estão sendo quantificadas com medidas em solo, por sensoriamento remoto e modelagem climática.

As seguintes atividades são propostas, baseadas em oficinas com especialistas e a compilação de informações secundárias baseadas na literatura científica, diferentes bases de dados e dados de inventários florestais integrados com imagens de sensoriamento remoto:

– Desenvolvimento e atualização de estimativas e incertezas das emissões antropogênicas por fontes e remoções por sumidouros de gases estufa associados com cobertura do solo e mudança de uso da terra para a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica (incluindo crescimento de vegetação secundária e primária em áreas manejadas). Além do CO2, outros gases estufa também serão considerados, como as emissões de CH4 e de N2O da queima de biomassa, e os precursores de black carbon e de ozônio.

– Atualização das estimativas e incertezas de todos os reservatórios de carbono: biomassa viva acima do solo (árvores, palmeiras e lianas), biomassa viva abaixo do solo (raízes), matéria orgânica morta [ramos e folhas mortas (liteira fina) e madeira morta grossa (aniagem grossa)] e o carbono dos solos em diferentes biomas e usos da terra.

– Avaliação de mapas de biomassa para os diferentes biomas.

– Mapeamento dos incêndios baseado em ferramentas de sensoriamento remoto para os diferentes biomas e estimativas de suas emissões. Desenvolvimento de estratégias para o cálculo da forçante radiativa para os poluentes climáticos de vida curta e para minimizar os seus impactos ambientais na região amazônica. – Medidas do impacto que as emissões urbanas possuem no balanço radiativo e nas propriedades de nuvens na Amazônia serão realizadas em torno da área urbana de Manaus. Estudos serão realizados nos impactos que abrangem toda a bacia amazônica das mudanças de uso da terra e diferentes cenários de emissão.